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sábado, 23 de julho de 2011

Sobre amar e outros adjetivos

É como a Lih neta diz "É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. 
É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado.Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja.Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro. Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente."




Sobre amores platônicos


 Sei lá amores platônicos são tão belos mas tão etéreos como bolhas de sabão, fadados a nunca se realizarem, porque os amores platônicos para sempre não correspondidos sempre foram motivo para  tantas canções. ''Porque eu vejo em ti coisas que me assustam, e tantas outras que me fascinam, e isso me deixa confuso, vejo interrogações pairando pelo ar enquanto conversamos, ao passo que imagino ver seus olhos brilhantes, lábios finos,e sinto o teu perfume que se espalha pela minha mente, pela minha alma, e imagino ouvir a tua voz suave, teu sorriso ligeiramente magnífico, e tua boca chamando meu nome e me dizendo coisas que adoro ouvir'' e meu lado leonino me adverte e me mostra que tudo isso é apenas sonho e como tal ''talvez'' nunca se realize ou se realize, não sei =S, mas é que a gente cansa de ficar sempre só fingindo que não tá nem ai pro amor, pra ver se ele para de esnobar, e tudo é luz, quando é amor. De qualquer forma. Tem que ser amor esse é o foco. 
Porem é preciso ter cuidado e saber acordar para a realidade quando necessário para que o tombo não seja grande, por isso a importância de reconhecer a linha do ''normal'' e não trocar o real e possível por uma ilusão infantil e insana. Nada que traga sofrimento é bem vindo e se auto-sabotar não é legal...

''Nos meus sonhos, você não é perfeita… mas possui qualidades encantadoras''...  

 Amor platônico é bom, mas concretizar é melhor ainda. Afinal, quem não deseja um cobertor de orelha para aquelas noites frias e um companheiro pra toda a vida...